02 fevereiro, 2017

Resenha: A Volta ao Mundo em 80 Dias

- Eu apostaria 4 mil libras que uma tal viagem, feita nessas condições, é impossível!
- Ao contrário, perfeitamente possível. - Respondeu Mr. Fogg
- Pois bem, então faça-a!
 - A volta ao mundo em 80 dias?
 - Eu aceito.
- Quando?
- Agora mesmo!

Sinopse: Phileas Fogg, um inglês pacato, calmo, metódico e solitário, cumpria todos os dias a mesma rotina. Misterioso, nunca compartilhava sua intimidade com ninguém. Mas tudo mudou quando apostou com os sócios do Reform Club metade de sua fortuna, afirmando que daria a volta ao mundo em 80 dias! Era o ano de 1872, e ele e seu novo criado, Passepartout, embarcaram em uma aventura que nenhum dos dois imaginava como seria o seu fim!


Esse livro é uma péssima escolha pra quem quer se apaixonar pelas aventuras criadas por Julio Verne, pois não tem muita emoção, mas é uma leitura muito deliciosa para quem gosta de descobrir informações. A Volta ao Mundo em 80 Dias é uma narrativa em terceira pessoa que acompanha a jornada de Phileas Fogg, um homem extremamente calmo que nunca sai do controle, ao longo da viagem diversos contratempos acontecem sem que esse homem ao menos demonstre preocupação.
Na minha opinião, quem merece destaque é o seu leal criado, Passepartout (ou Chavemestra), um jovem que depois de trabalhar em diversos lugares escolhe Mr. Fogg como patrão por crer que teria paz e sossego, no exato mesmo dia em que ele consegue o emprego seu amo lhe dá a notícia de que darão a volta ao mundo. Desacreditado, o criado prepara sua mochila e acompanha o inglês, logo percebe que se trata de uma aposta séria. É esse homem que dá vida ao livro, sempre se metendo em confusões e se sacrificando para ajudar o patrão, Chavemestra se irrita quando as coisas dão errado, esbraveja e exige uma solução enquanto seu amo nem ao menos muda a expressão facial.
No início do livro tomamos conhecimento de um fato que chocou a Inglaterra, um roubo ao banco praticado por um cavalheiro que, em características físicas se parece com o protagonista, sendo assim enquanto dá a volta no globo Phileas Fogg é seguido de perto pelo Agente Fix, um homem que dedica tudo que tem a essa busca implacável, dando ele mesmo a volta ao mundo fingindo ser amigo de Chavemestra.

Ao longo da viagem muitos cenários surgem, muitas paisagens e situações podem ser visualizadas com clareza e novos personagens entram na trama. Esse livro conta com poucos diálogos, mas informações valiosíssimas que comprovam a excelência do autor Julio Verne, confesso que no início fiquei um pouco entediada com a leitura muito explicativa, mas depois que a viagem começou me deliciei ao imaginar os cenários diversos que aparecem na narrativa.
Comecei a leitura bem antes, mas só conclui quando fui para a praia, pois gosto de levar livros pequenos pra não me sentir culpada de sujá-los com a areia, como o livro dessa editora é pocket, as páginas eram menores e parece que a leitura flui mais.
Não se tornou um dos meus preferidos, nem será o primeiro livro a vir na minha cabeça quando falarem o nome do autor, mas valeu a leitura pra conhecer melhor a escrita dele. Algumas partes são maçantes e chatinhas de ler, mas em geral é interessante o suficiente pra manter o leitor concentrado, ainda mais se este estiver lendo ao lado de um mapa mundi. É interessante, mas não emocionante (a não ser a última página, a última página compensa tudo).

Uma boa dica é ler esse livro ao lado de um mapa mundi para poder acompanhar o trajeto!!

INFORMAÇÕES GERAIS:
Título original: Le Tour du Monde en Quatre-Vingts Jours
Autor: Júlio Verne
Ano de publicação: 1873
Gênero: Aventura
Nº de páginas: 252
Editora: L&PM Pocket
Classificação: 3/5
Data do início da leitura: 23/01/2017
Data do término: 31/01/2017

DESAFIOS:
Livreando: Livro escrito antes de 2007
Bingo: Autor já falecido

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